Diretoria de Comunicação da Uerj
A Pró-reitoria de Saúde (PR5) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) alerta para o aumento de quase 300% nas notificações de dengue, nas primeiras semanas epidemiológicas de 2024, observado em todo o Brasil e também no Estado e Município do Rio de Janeiro, quando comparamos com os dados de 2023. A taxa de incidência no mês de janeiro se encontra muito acima da média histórica, sendo considerada de alto risco. Os principais sorotipos detectados em circulação são DENV1 e DENV2. Entretanto, a circulação dos sorotipos DENV3 e DENV4 também vêm sendo observada, fato que não ocorria há 15 anos.
Diante destas evidências e dos alertas já emitidos pelas Secretarias de Saúde do Estado (SES) e do Município do Rio de Janeiro (SMS) a PR5 recomenda:
I. Adoção das medidas de prevenção relacionadas à proliferação do vetor
• Tampar caixas d’água, ralos e pias;
• Higienizar bebedouros de animais de estimação;
• Descartar pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;
• Retirar a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lavá-los com água e sabão;
• Limpar as calhas e a laje de casa e colocar areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
• Colocar areia nos vasos de plantas;
• Amarrar bem os sacos de lixo e não descartar resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;
• Fazer uma inspeção em casa, pelo menos uma vez por semana, para encontrar possíveis focos de larvas;
• Instalar telas e (ou) mosquiteiros, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
• Quando disponível, o uso do ar-condicionado também é recomendado;
• Receber bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham nas cidades.
II. Cuidados individuais
• Proteger as áreas do corpo em que o mosquito possa picar com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
• Usar repelentes à base de DEET (N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de icaridina nas partes expostas do corpo e sobre as roupas.
OBS: Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia.
III. Sinais de alerta
Procurar atendimento médico sempre que apresentar os seguintes sinais ou sintomas isoladamente ou associados: febre, dor de cabeça, dor no corpo, manchas avermelhadas na pele, dor abdominal, enjoo, tonturas.
IV. Vacinação
Uma vacina contra a dengue desenvolvida pelo laboratório japonês Takeda Pharma (Qdenga) teve seu registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março do ano passado, para a faixa etária de quatro a sessenta anos.
A Qdenga é aplicada em duas doses com intervalo de 90 dias entre elas, contendo os quatro sorotipos do vírus e eficácia de 80,2%.
Considerações Finais
Todos os pontos de atendimento do Estado e do Município do Rio de Janeiro estão preparados para atendimento, avaliação clínica e laboratorial, orientação e acompanhamento dos casos de suspeita de Dengue e na distinção entre os diagnósticos de Dengue, Zica e Chikungunya.
O prognóstico e a letalidade dependem diretamente do correto acompanhamento da doença e da adoção de medidas terapêuticas no momento adequado.
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